Composição da CPI dos Fura-Fila é anunciada no Plenário. Comissão vai apurar a vacinação irregular de grupos não prioritários no Estado. Primeira reunião será nesta quinta (18).
Na Reunião Ordinária de Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) desta quarta-feira (17/3/21), foi comunicada a composição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fura-Fila, que terá o prazo de 120 dias para apurar a vacinação irregular de grupos não prioritários no Estado, o baixo investimento na ampliação de leitos para o enfrentamento da pandemia de Covid-19 e a não aplicação do mínimo constitucional em serviços públicos de saúde.
Indicados pelo Bloco Minas São Muitas, independente, serão membros efetivos os deputados Cássio Soares (PSD), Repórter Rafael Martins (PSD), Sávio Souza Cruz (MDB) e João Vítor Xavier (Cidadania). Os deputados Carlos Pimenta (PDT), Sargento Rodrigues (PTB), Doutor Paulo (Patri) e Hely Tarqüínio (PV) serão suplentes.
O Bloco Sou Minas Gerais, da situação, indicou os deputados Roberto Andrade (Avante) e Noraldino Júnior (PSC) como membros efetivos e os deputados Guilherme da Cunha (Novo) e Zé Guilherme (PP) como suplentes.
O deputado Ulysses Gomes (PT) representará, como membro efetivo, o Bloco Democracia e Luta, de oposição. O suplente será o deputado Cristiano Silveira (PT).
Acordo de Líderes – A Mesa da Assembleia acolheu acordo de líderes para permitir a realização de reuniões da CPI, observando, no que couber, as restrições de funcionamento impostas pela Deliberação 2.762, de 2021, que suspendeu o expediente presencial da ALMG. As reuniões poderão ocorrer a partir desta quinta-feira (18), de segunda a sexta, em período diverso ao destinado às reuniões de Plenário.
Nesta quinta (18), às 16 horas, serão eleitos presidente e vice da CPI.
A instauração da CPI é resultado de reunião realizada na Assembleia na última semana, em que foi ouvido o então secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. Na ocasião, diversos parlamentares cobraram explicações sobre a vacinação de centenas de servidores administrativos da secretaria, que estariam fora das prioridades do Plano Nacional de Imunização. Diante da repercussão do encontro, Carlos Eduardo Amaral foi dispensado do cargo, dando lugar a Fábio Baccheretti.
“Vamos investigar a fundo esses que se entendem como privilegiados em passar à frente na vacinação. Neste momento de pandemia, é um dos crimes mais graves”, afirmou o presidente da ALMG, deputado Agostinho Patrus (PV), ao deferir o requerimento para a instalação da CPI.