Marco Antônio Lage apresenta a moradores do Barreiro solução para falta de água em residencial. Apesar do problema no residencial ser estrutural, Prefeitura arcará com a resolução do desabastecimento.
Moradoras do Residencial Barreiro estiveram na tarde desta segunda-feira (10), no gabinete do prefeito Marco Antônio Lage, para um alinhamento a respeito dos problemas enfrentados com o abastecimento de água. Durante o encontro, o chefe do Executivo apresentou soluções para resolver a falta do recurso a curto prazo, mesmo que o problema seja causado por deficiências estruturais desde a construção.
A reunião contou com a participação do secretário de Governo, Márcio Passos, e o assessor de Gestão de Programas e Metas, Gabriel Quintão. A diretora-presidente do Saae, Karina Rocha Lobo também esteve presente e mostrou um estudo realizado pela autarquia para entender a realidade do condomínio e a constante falta de água enfrentada pelos moradores. Foi apontado que o residencial, além de ter uma caixa d’água de tamanho insuficiente (capacidade para até 50 mil litros, quando o ideal, segundo o Saae, seria de 70 mil litros), ainda tem o compartimento em uma altura que dificulta a pressão adequada para a distribuição nos apartamentos.
O gerente operacional do Saae, Júlio Saldanha, detalhou os problemas. “O condomínio é um cliente especial, ele tem um reservatório que está acima de uma altura a qual a gente recomenda a instalação de um sistema de bombeamento interno. Por norma, essa altura é de 10,2m e o reservatório deles está com 20,18m. Eles precisam instalar um bombeamento particular capaz de levar água do padrão de entrega até o reservatório”, explicou.
Dessa forma, a Prefeitura de Itabira assumirá a instalação da bomba. O sistema contará com uma nova caixa, de menor volume, próximo ao registro, e a bomba de pequeno porte. Paralelamente, o Saae fará uma mobilização para promover a individualização de hidrômetros entre os 144 apartamentos do residencial. Com essa ação, a autarquia estima redução no consumo e consequente aumento de pressão para cada residência.
Atualmente, o condomínio possui uma conta única. Esse cenário, segundo conta a própria síndica, Cristina Vitalina dos Santos, dá margem para o consumo desenfreado e desigual, onde quem consome menos paga o mesmo que quem consome mais. A moradora se comprometeu a atuar junto aos demais condôminos para que todos façam o requerimento da hidrometração em até dez dias. O valor do equipamento e da instalação poderá ser dividido em prestações na conta de água.
Responsabilidade
Durante a reunião, o prefeito Marco Antônio Lage lamentou que os moradores do residencial convivam com a falta de água por tanto tempo. O condomínio foi inaugurado em 2019 e, desde então, o desabastecimento é uma realidade, tudo por causa dos problemas estruturais. O chefe do Executivo deixou claro que a Prefeitura assumirá a resolução da escassez de água no prédio, mas que cobrará na esfera judicial a responsabilização dos prejuízos.
“É um compromisso meu fazer um governo para ajudar as pessoas. Não podemos permitir que o problema se perpetue em um jogo de empurra que só atrapalha a vida dos moradores. Vamos resolver. Mas nós não vamos esconder que há uma situação séria, causada pela falta de planejamento e pela execução. Isso terá de ser cobrado”, afirmou Marco Antônio Lage.
A síndica Cristina Vitalina dos Santos agradeceu o compromisso do governo em atender a solicitação dos moradores. “Depois dessa transparência, mostrando para a gente o projeto que será feito, acredito que vai resolver o nosso problema de imediato”, disse. Além de Cristina, participaram da reunião a moradora e secretária do conselho do condomínio, Valquiria de Oliveira Almeida Silva, e a moradora Kátia Cilene Fonseca.
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