A Polícia Civil deflagrou, na última quinta-feira (19/5), a primeira fase da operação Ouro de Minas.
Na ação, seis pessoas foram presas em flagrante por diversos crimes. A investigação teve como objetivo a apuração de atividades voltadas para a extração ilegal de minerais, usurpação de bens da União, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. O grupo atuava nas cidades de Ouro Preto e Sete Lagoas.
De acordo com o delegado João Prata, além de ocultação de bens e valores destinados ao enriquecimento ilícito, os envolvidos apresentavam um núcleo intelectual com uma estrutura organizada que agia sob a égide legal de beneficiamento e reprocessamento de refratários usados, sucatas metálicas e escórias, aproveitando o fornecimento ilegal do minério de ferro.
Na ação, policiais da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, pertencente ao Depatri, apreenderam três caminhões. Após levantamentos foi possível constatar que os suspeitos atuavam durante a noite para as extrações ilegais e, ainda na madrugada, os minerais eram transportados e despejados em sedes das empresas de fachada, com atividades supostamente lícitas.
Segundo João Prata, “em cálculos estimados, somente neste momento operacional, deixaram de ser extraídos e beneficiados ilegalmente mais de 150 toneladas de minerais, por dia, causando não somente prejuízos ambientais, mas também um prejuízo financeiro por sonegação fiscal”.