O papa Francisco, ainda em recuperação após cirurgia para tratar de uma estenose diverticular do cólon, cumpriu a agenda da tradicional oração do Angelus. Mesmo de uma sacada do hospital A. Gemelli, o religioso deu benções e pediu por uma saúde pública e de qualidade para todos.
Sorridente, mas ainda visivelmente frágil por causa da operação no domingo passado (04), Francisco foi recebido por uma multidão que se reunião à frente do hospital. Com crianças ao seu lado, o sumo pontífice disse estar feliz por manter o compromisso dominical do Angelus.
“Experimentei como é importante um bom serviço de saúde acessível a todos”, disse o papa. Ele afirmou que acontece, inclusive dentro da igreja, que quando um serviço não vai bem economicamente, o primeiro pensamento é vendê-lo, mas isso não pode ser pensado em relação à saúde.
“Não se pode perder este bem precioso. É preciso mantê-lo! E para isso é necessário que todos se empenhem, porque serve a todos e pede a contribuição de todos”, apontou.
Confira o discurso:
Haiti
Francisco também pediu pelo Haiti. Na última semana, o então presidente do país, Jovenel Moïse, foi assassinado com vários tiros, dentro da própria casa. A esposa dele, Martine Moïse, também foi atingida, mas conseguiu sobreviver. Na oração, o papa rezou para que os haitianos deponham as armas e escolham a vida.
“Estou próximo do povo haitiano. Que aquele povo possa retomar o caminho de paz e de concórdia”, disse o sumo pontífice.
Como costume, o religioso também ora por profissões específicas. Desta vez, a escolha veio também com um recado em nome do meio ambiente. Ele falou de marinheiros e pescadores, mas também afirmou que todos precisam cuidar da saúde dos oceanos. “Nada de plástico no mar”, bradou.
Por fim, bem-humorado, Francisco lembrou da própria saúde. Ainda não foi informado a data da alta dele, apesar de o maior representante da Igreja Católica continuar trabalhando do hospital. “Não vão esquecer de rezar por mim”, terminou.
