Apurar suposto esquema criminoso de “rachadinha” entre proprietários de pousadas e beneficiários de repasses para hospedagem em virtude de desocupação de área de risco de rompimento de barragem no distrito de São Sebastião das Águas Claras, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Com esse objetivo, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) desencadeou, nesta sexta-feira (23/07), uma operação na localidade, conhecida como Macacos, para buscas em 13 estabelecimentos do setor de hotelaria.
De acordo com o delegado Rodrigo Otávio Rodrigues, titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil em Nova Lima, as investigações partiram de denúncia do Mistério Público acerca de possíveis desvios de finalidade dos acordos, por exemplo, irregularidades ligadas à real ocupação das pousadas por moradores cadastrados pela mineradora Vale e à aquisição de bens por parte dos donos dos estabelecimentos. “Eles dividiriam o valor mensal recebido, que é em torno de R$ 20 mil por família, e simulariam a hospedagem”, pontua.
O delegado explica, ainda, que o valor destinado à hospedagem e à alimentação dos moradores é repassado diretamente para as pousadas. Conforme denunciado, com o acordo, o beneficiário estaria buscando outra moradia de menor custo, ou até com parentes, enquanto a pousada receberia sua parte sem prestar o serviço contratado.
Ao todo, 250 pessoas são investigadas, incluindo aquelas ligadas aos 13 estabelecimentos alvos da operação e beneficiários. “O nosso objetivo hoje foi cumprir buscas para coleta de documentos e verificação da situação das pousadas”, informa.