Operação Pupilos: PCMG cumpre prisões e buscas em Belo Horizonte
Os suspeitos são integrantes de uma organização criminosa atuante no tráfico de drogas e envolvida com homicídios. No total, foram quatro presos.
Na manhã desta quarta-feira (22/9), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou a operação Pupilos, no aglomerado Mãe dos Pobres, bairro Céu Azul, em Belo Horizonte. Durante a ação, foram cumpridos três mandados de prisão e quatro de busca e apreensão. Os suspeitos são integrantes de uma organização criminosa voltada para o tráfico de drogas e envolvida com homicídios. Na ocasião, um homem, de 25 anos, foi autuado em flagrante por associação para o tráfico de drogas.
A chefe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Letícia Gamboge, destaca a importância da ação. “A operação se deu também em razão da imposição da ‘lei do silêncio’ aos moradores desse aglomerado – um local de difícil acesso, onde os moradores estão sendo sistematicamente intimidados, inclusive com pichações. E a notícia que se tem é que esses moradores têm sido vítimas de agressões”.
A delegada ainda completa que “a operação foi exitosa porque nós não podemos dar abertura à permanência desse grupo criminoso nessa área. Tem que haver uma resposta célere por parte da polícia”.
Grupo Criminoso
De acordo com o delegado Domênico Rocha, responsável pela investigação, durante as apurações dos homicídios na região, os elementos investigativos apontaram que alvos da operação de hoje estariam diretamente envolvidos nessas mortes. “Essa organização criminosa vem, realmente, imprimindo um cenário de terror aos moradores, um cenário de completa opressão, os agredindo física e psicologicamente sob qualquer suspeita de colaboração dessa população com a polícia para combater o grupo”, revela.
Presos na operação
Ainda segundo o delegado, foram presos dois integrantes da organização criminosa, em virtude de mandado de prisão, por suspeita de participação em cinco homicídios. O suspeito de 18 anos tem passagem por tráfico de drogas. Já o suspeito de 19 anos tem registros policiais por tráfico de drogas, porte e posse de arma de fogo, corrupção ativa e corrupção de menores.
A terceira prisão foi de uma mulher, de 26 anos, irmã do suspeito de 19. Durante a operação, foi constatado que ela possuía um mandado de prisão em aberto por envolvimento no tráfico de drogas.
Rocha acrescenta como foi a prisão em flagrante do suspeito de 25 anos, que tem antecedentes por roubo e tráfico de drogas. “Ele estava sobre uma laje com visão privilegiada, na rua principal do aglomerado, e de posse de um aparelho comunicador. Por meio desse aparelho, chegou a tentar avisar os criminosos acerca da chegada da polícia, mas foi interceptado antes de enviar a mensagem. Ele confessou que era informante, um olheiro, e que ganha R$ 130 por dia”, conta.
Homicídios
As investigações apontam que o grupo agia de forma violenta na região e a motivação dos homicídios tem relação com o tráfico de drogas, por exemplo, dívidas, disputa por pontos e desavenças. “Todos os cinco homicídios foram praticados com requintes de crueldade. Eles agridem a vítima em público, no meio da rua, e desferem golpes de pau e barras de ferro para reforçar o poderio da organização criminosa no local. Depois de espancar as vítimas repetidamente, eles desferem disparos de arma de fogo, normalmente, em via pública”, descreve.
Importância da denúncia
Domênico Rocha ressalta a importância das denúncias para o combate à criminalidade e a localização de dois alvos que são procurados. “A população pode contar com PCMG e se tiver qualquer informação sobre os dois foragidos pode entrar em contato conosco, porque a Polícia Civil vai prestar o completo apoio e manter o sigilo”, conclui.
Durante a ação, foram apreendidos drogas para varejo e dinheiro.
A ação contou com a participação de 70 policiais civis e o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Coordenação Aerotática (CAT) da PCMG.
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