A CPI da Pandemia recebe nesta terça-feira (28/09) a advogada Bruna Morato, representante dos médicos que elaboraram um dossiê contra a Prevent Senior.
A empresa é acusada de fazer testes com cloroquina no tratamento contra a Covid-19 e ocultar as informações dos pacientes.
Entre as denúncias, está a prescrição indiscriminada de cloroquina, azitromicina e ivermectina – o chamado “kit covid” – para pacientes associados, até mesmo para quem não tinha sintomas da doença. Há também a elaboração de um estudo que supostamente demonstra a eficácia dos medicamentos.
A advogada se ofereceu para comparecer na CPI após, segundo ela, a Prevent Senior ter promovido demissões de médicos que teriam colaborado no dossiê entregue à comissão.
Quais são as suspeitas
As suspeitas envolvendo a Prevent Senior surgiram na reta final da CPI, que também ouviu, na semana passada, o diretor-executivo da operadora Pedro Benedito Batista Júnior.
Durante o depoimento, ele admitiu que a operadora orientou médicos a alterarem o CID — o código utilizado mundialmente para identificar e diferenciar as doenças — dos pacientes infectados após um período de internação. Isso teria resultado em um número subdimensionado de mortes em razão da doença.
Com as descobertas da CPI, o Ministério Público de São Paulo resolveu criar uma força-tarefa para investigar as acusações contra a operadora de saúde.
A investigação na Polícia Civil, que apura possível falsidade ideológica na emissão das certidões de óbito de Regina Hang, mãe do empresário Luciano Hang, e do médico Anthony Wong, defensor do tratamento precoce, pretende ouvir o dono das lojas Havan e a esposa do médico, Carla Von Gabriel Wong.
Pelas suspeitas, Luciano Hang é esperado no Senado na sessão de quarta-feira (29).