PCMG e CDL/BH se unem para combater violência contra a mulher
Ao longo de 2021, a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos recebeu 46 mil denúncias de violência doméstica e familiar contra a mulher. De acordo com o recente levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma a cada quatro mulheres do país afirma ter sido vítima de ações violentas durante o período de pandemia. Em números, significa que quase 17 milhões de mulheres (24,4%) sofreram violência física, psicológica ou sexual em 2020. Na capital, só em 2021, mais de 11 mil mulheres registraram algum tipo de violência doméstica.
Nesse contexto, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) assinaram, nessa quinta-feira (07/10), o Termo de Cooperação Técnica para o enfrentamento da violência doméstica, auxílio e encorajamento à denúncia e quebra do ciclo de violência com a campanha “Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica.
Instituída pela Lei n. 14.188/2021, a campanha consiste em incentivar as mulheres a romper o ciclo de violência e, para isso, propõe que a mulher que esteja sofrendo algum tipo de violência e esteja impossibilitada de procurar uma unidade policial, possa apresentar um sinal (X) na palma da mão, preferencialmente na cor vermelha, para um funcionário ou atendente de estabelecimentos comerciais associados a Câmara de Dirigentes Lojistas, para que este acione a polícia.
“As mulheres que estiverem sofrendo algum tipo de agressão, devem fazer um sinal de X vermelho na palma da mão e mostrá-lo para algum dos funcionários da loja. Esses profissionais estão orientados a buscar auxílio imediato para a vítima”, detalha o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
Para o Chefe da Polícia Civil, delegado-geral Joaquim Francisco Neto e Silva a parceria agrega esforços e aumenta as possibilidades de um efetivo acolhimento às vítimas. “Unir forças, e convidar a comunidade para o enfrentamento da violência doméstica é possibilitar que as vítimas tenham efetivamente um caminho de denúncia e de acolhimento, além de viabilizar a responsabilização dos seus agressores.” Explica o Chefe da PCMG.
Os funcionários dos estabelecimentos comerciais associados que aceitarem participar receberão material de divulgação e vídeo de orientação de como agir caso uma mulher apresente o X na palma da mão.
A chefe do Departamento de Investigação, Orientação e Proteção à Família, delegada-geral Carolina Bechelany destacou “Vamos orientar e dar todo suporte aos lojistas que aderirem à campanha. Nas delegacias temos profissionais habilitados para acolher e proceder com os trabalhos de polícia judiciária em relação a esta vítima.” Explicou Carolina.
“Todos nós precisamos nos unir para combater essa pandemia de violência doméstica contra a mulher, assim como nos unimos em relação ao Covid-19. Ajudar a salvar as vidas dessas mulheres é um dever de todos nós. Não existe mais o lema “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”. Devemos sim, ajudar essas vítimas”, afirma Souza e Silva.
A PCMG também disponibiliza o aplicativo MG Mulher e as denúncias podem ser feitas nas Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher ou mesmo pelo site delegaciavirtual.sids.mg.gov.br. Lojistas que atuam no interior de Minas Gerais também poderão participar da campanha por meio de solicitação direta ao DEFAM pelo email chefia.defam@policiacivil.mg.gov.br.
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