Após atuação do Governo de Minas, reajuste das tarifas do transporte metropolitano será quatro vezes menor do que o proposto por empresas. Percentual solicitado foi de 53,36%, mas Seinfra autorizou apenas 13%.
As tarifas do sistema de transporte coletivo metropolitano de Belo Horizonte terão novos valores a partir de zero hora da próxima segunda-feira (31/1). A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) recebeu das empresas que operam o sistema o pedido de reajuste 53,36%, no entanto o pleito foi negado. O reajuste autorizado foi de 13%, quatro vezes menor do que o proposto. O percentual leva em consideração apenas a inflação para o período e o valor de atualização do óleo diesel.
Essa atualização é necessária para garantir a operacionalização do sistema e evitar que empresas fiquem sem condições de disponibilizar as linhas cumprindo o quadro horários definidos no contrato.
“O reajuste anual está previsto em contrato e não significa aumento da tarifa pelo Governo de Minas, mas a recomposição da perda inflacionária. Não admitimos o pedido das empresas, e realizamos o nosso próprio cálculo para aferição do percentual”, afirma o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato.
Para efeito de comparação, caso o percentual solicitado pelas empresas fosse autorizado, a tarifa preponderante do sistema, que atualmente é de R$ 5,85, passaria a ser R$8,95. Com a correção autorizada pela Seinfra, o valor da tarifa preponderante será de R$6,60, ou seja, R$ 2,35 menor do que o pedido pelas empresas.
O sistema metropolitano de transporte coletivo por ônibus tem, atualmente, 606 linhas em operação na RMBH, conta com uma frota de 2.557 veículos, que realizam uma média mensal de 450 mil viagens.
Reforço no quadro de horários
A partir da próxima terça-feira (1/2), o quadro de horários de todas as linhas ativas do transporte metropolitano será normalizado. Ou seja, os ônibus voltam a operar com o horário pré-pandemia.