Operação mira grupo criminoso atuante em vários estados

Operação Laranja Podre mira grupo criminoso atuante em vários estados

Crédito (fotos): Divulgação/PCMG

Duas mulheres e cinco homens, com idades entre 22 e 45 anos, naturais do estado de Mato Grosso e Goiás, foram presos durante a operação Laranja Podre, com foco no combate aos crimes de organização criminosa, estelionato na modalidade fraude eletrônica e eventual lavagem de dinheiro. A ação foi coordenada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) em Frutal, no Alto Paranaíba, com apoio da Polícia Civil do Mato Grosso (PCMT) e da Polícia Civil de Goiás (PCGO).

Nos dias 3 e 4 deste mês, foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Anápolis (GO) e Aparecida de Goiânia (GO). O grupo alvo da ação é investigado por crimes cibernéticos na modalidade fraude eletrônica, cometidos em diversas cidades mineiras e em outros estados do país.

A PCMG identificou 28 vítimas em Minas Gerais, com registros na capital, na Região Metropolitana (Contagem e Sabará) e no interior (Frutal, Ponte Nova, Pirapora, Mirabela, Paracatu, Dores de Guanhães, Teófilo Otoni, Cachoeira da Prata, Minas Nova, Ataléia, Vermelho Novo, Capim Branco, Uberlândia e Entre Rios de Minas). Também foram apuradas vítimas em São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Amazonas.

Em Minas Gerais, estima-se que o grupo criminoso tenha gerado um prejuízo às vítimas em torno de R$ 150 mil. A polícia acredita que os investigados tenham obtido mais de R$ 2 milhões com os golpes, aplicados em diferentes estados.

As investigações prosseguem a fim de apurar o crime de lavagem de dinheiro, bem como para identificar outras pessoas que possam estar envolvidas no esquema.

A operação foi denominada Laranja Podre, visto que, segundo investigações, muitos integrantes da organização têm se passado por “laranjas”, quando na realidade são coniventes com a prática criminosa.

Golpes

Conforme apurado, os investigados integravam uma organização especializada em crimes de estelionatos na modalidade fraude eletrônica, em especial o golpe da clonagem de WhatsApp, o golpe do WhatsApp e o golpe do falso intermediador da venda de veículos.

O delegado da PCMG João Carlos Garcia Pietro Júnior explica que o golpe da clonagem de WhatsApp e o golpe do WhatsApp ocorrem de duas formas bastante comuns. No primeiro, os criminosos clonam o WhatsApp da vítima para solicitar dinheiro a parentes e a amigos dela. No segundo, o criminoso utiliza dados públicos de uma pessoa, como nome e foto de perfil, e cria uma nova conta no WhatsApp. Em seguida, entra em contato com amigos ou familiares da vítima dizendo que trocou de número e inventa uma história para pedir dinheiro, solicitando valores de transferência via Pix para contas de terceiros.

Crédito (fotos): Divulgação/PCMG

Conforme esclarece João Carlos, o golpe do falso intermediador da venda de veículos usados envolve uma ação mais sofisticada e com lucros maiores aos criminosos. Nele, o golpista precisa enganar tanto o vendedor quanto o comprador do veículo, por meio de argumentos diferentes, um para cada vítima. Os criminosos, nesse caso, tomam todo o cuidado para que uma vítima não converse com a outra sobre o meio de pagamento e o valor a ser tratado. No momento da transferência do veículo, o falso intermediário afirma que não pode ir ao cartório e passa a conta de um terceiro, momento em que a transferência é realizada para uma conta fornecida pelo golpista.

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