Projeto Recomposição Florestal vai reparar áreas afetadas por tragédias

Foi lançado, no dia 16 de agosto, o Projeto Recomposição Florestal dos Ribeirões Caeté-Sabará, que tem como objetivo o reparo de áreas afetadas por tragédias ambientais. Contemplado via Plataforma Semente, iniciativa do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (CAOMA) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com o CeMais, o projeto deverá realizar, nos próximos três anos, a recomposição florestal das principais microbacias contribuintes dos ribeirões de Caeté e Sabará, com área correspondente a mais de 33 mil hectares.

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Essa sub-bacia é responsável pelo abastecimento de mais de 18 mil pessoas nos dois municípios. Além disso, seu excedente é suficiente para 150 mil habitantes e contribui para abastecer a bacia do Rio das Velhas, principal afluente do Rio São Francisco, e referência na manutenção de cerca de 5,3 milhões de mineiros.

Na abertura do evento de lançamento, realizado no Solar Padre Corrêa, em Sabará, o coordenador regional das Promotorias de Justiça do Meio Ambiente das Bacias dos Rios das Velhas e Paraopeba, Lucas Pardini Gonçalves, resumiu a atuação do MPMG na defesa do meio ambiente lembrando a importância de iniciativas como a Plataforma Semente, responsável por acompanhar a execução do projeto. “O Semente representa um meio de transparência ideal para contemplar propostas como essa, devido à sua dinâmica de atuação, que inclui uma equipe multidisciplinar de triagem dedicada a cada etapa de aprovação do projeto”, citou.

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Reparação de danos
A urgência em manter o ambiente local bem equilibrado foi enfatizada pelo coordenador do projeto, Fernando Madeira, que ainda compartilhou algumas das principais ações para os próximos meses: produção sustentável de 60 mil mudas florestais nativas e frutíferas ao ano para recompor a sub-bacia dos ribeirões; coleta e armazenamento de sementes florestais para produção dessas mudas; recomposição florestal de 120 hectares de áreas degradadas ao ano; e a capacitação de 40 produtores rurais, sitiantes e colaboradores. “Manter a qualidade dessas águas é questão de saúde pública. E mobilizar os produtores rurais e colaboradores na recomposição é uma forma de aprendizado coletivo, para o bem geral da comunidade”, pontuou Madeira.

O lançamento também contou com a presença também do promotor de justiça de Sabará, Rodrigo Marciano, que listou iniciativas do MPMG na região para além do projeto de recomposição florestal, como a atividade de restauro da Capela de Santo Antônio do Pompéu,  com repasse de pouco mais de R$ 3 milhões provenientes de medidas compensatórias.

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Também estiveram presentes a presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH Velhas), Poliana Valgas, que abordou os avanços e desafios na gestão e produção de água no Alto do Rio das Velhas, além do coordenador do subcomitê dos Ribeirões Caeté-Sabará, Jefferson Paes, responsável por destacar o trabalho de longo prazo desempenhado pelos subcomitês dessas bacias.

O gerente de desenvolvimento social da AngloGold, Fernando Cláudio, abordou os projetos socioambientais de reparação referentes a UTE-Caeté-Sabará. Já a presidente do Instituto Plantando, Edna Araújo, apresentou em vídeo o trabalho do instituto proponente e contextualizou sua atuação com o Probiomas. Por sua vez, o prefeito de sabará, Wander Borges, exaltou a importância do Rio Sabará e também citou a Plataforma Semente. “São iniciativas como essas que proporcionam medidas de compensação de situações ambientais a serem reparadas”, lembrou.

Fonte:MPMG