Ex-prefeito e filho acusados pelo MPMG de utilizarem estrutura da Prefeitura para fins pessoais são condenados por improbidade administrativa.
O Ministério Público de Minas Gerais obteve a condenação, por improbidade administrativa, de um ex-prefeito de Ipaba, no Vale do Aço, e do filho dele, ex-procurador do município, por terem utilizado os serviços de uma servidora da prefeitura e de um pintor para a prestação de serviços em suas respectivas residências, os quais, segundo apurado, foram pagos com dinheiro público.
As investigações conduzidas pelo MPMG tiveram início após um servidor da prefeitura apresentar vídeos com imagens da servidora fazendo trabalhos domésticos na casa do ex-prefeito, além de vídeos e fotos do pintor, contratado pela prefeitura, trabalhando na casa do então procurador do município, em um condomínio residencial.
Segundo a Ação Civil Pública (ACP) ajuizada pelo MPMG, a servidora e o pintor desmentiram as acusações em audiência no MPMG, mas, além das imagens, o servidor denunciante apresentou outras informações e evidências das irregularidades.
Consta também na ACP que, ao contratar os serviços de profissionais pagos pelo Poder Público, o ex-prefeito e o filho dele violaram os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade administrativa.
Na ação, o MPMG requereu que os dois fossem condenados ao pagamento de multa de R$ 9.624,00 e que restituíssem aos cofres públicos R$ 4.812,00 recebidos pelo pintor e pela servidora, somando, portanto, R$14.436,00.