Ação educativa do Procon-MG sobre IA e golpes digitais reúne centenas de participantes
O Procon-MG, órgão do Ministério Público de Minas Gerais, realizou, nesta quinta-feira, 24 de outubro, uma ação educativa para discutir a relação entre inteligência artificial e golpes digitais aplicados contra consumidores. Durante o encontro virtual, cerca de 220 pessoas acompanharam a apresentação de especialistas, com diferentes perspectivas sobre temas como engenharia social, deepfake, phishing e outras estratégias usadas por criminosos no ambiente digital.
O coordenador do Procon-MG e promotor de Justiça, Glauber Tatagiba, e a diretora de Gestão e Integração de Informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Vanessa Fusco Nogueira Simões, fizeram a abertura do momento educativo e deram as boas-vindas ao público. Glauber e Vanessa destacaram a atualidade do tema e a importância da informação na prevenção deste tipo de crime.
A coordenadora da assessoria jurídica do Procon-MG, Christiane Pedersoli, conduziu a ação educativa e passou a palavra ao primeiro palestrante, Igor Muniz da Silva, coordenador de Implantação do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública do MJSP. Igor Muniz apresentou um estudo de caso para mostrar como a inteligência artificial vem sendo usada no planejamento e na execução de golpes digitais.
Em seguida, a psicóloga do Sistema Prisional do Mato Grosso do Sul, especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental e Inteligência Policial, Mônica Leimgruber, abordou as técnicas de engenharia social usadas por golpistas para persuadir as vítimas. A doutora lembrou que é preciso acompanhar as formas cada vez mais elaboradas de golpes para não estar alienado do que acontece no ambiente digital e, assim, conseguir se defender.
Marcelle Moreira Bacellar Nunes, Delegada Titular da 2ª Delegacia Especializada em Investigação de Crime Cibernético de Belo Horizonte, apresentou os principais golpes aplicados contra consumidores e falou sobre as providências que devem ser tomadas pelas vítimas. A delegada enfatizou a importância do registro do boletim de ocorrência e explicou que as vítimas devem preservar os elementos das práticas criminosas, como extratos bancários, capturas de tela e downloads, para dar mais agilidade ao inquérito policial.
Por fim, Mauro da Fonseca Ellovitch, promotor de Justiça coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos do Ministério Público de Minas Gerais (Gaeciber), fez a última apresentação. O promotor destacou que os golpes criados com inteligência artificial aumentaram vertiginosamente nos últimos dois anos. Segundo o promotor, a IA permite que criminosos, de diferentes níveis de conhecimento, elaborem golpes cada vez mais eficientes e com um alcance massivo, aumentando, assim, a taxa de sucesso e os danos causados.
Mauro da Fonseca Ellovitch apresentou várias dicas para não cair nas armadilhas e encerrou dizendo que “para proteger o consumidor, é preciso trabalhar o ser humano”.