Santa Maria recebe o espetáculo De Tempo Somos – um sarau do Grupo Galpão

Crédito: Davidson Rocha Fotografia/Grupo Galpão

Grupo Galpão chega a Santa Maria de Itabira com o espetáculo De Tempo Somos – um sarau do Grupo Galpão

Serão ministradas também duas oficinas gratuitas na cidade

Uma das companhias de teatro mais importantes do Brasil, o Grupo Galpão desembarca em Santa Maria de Itabira, no dia 30 de novembro, às 20h, na Praça Adem Pires Lage, com “De Tempo Somos – um sarau do Grupo Galpão”, espetáculo que é apresentado como um sarau de músicas e poesias, com direção das atrizes Lydia Del Picchia e Simone Ordones.

O projeto reúne 25 canções do repertório do Grupo, além de apresentar textos sobre a passagem do tempo e o processo de criação artística. Um dos espetáculos mais vistos do Grupo Galpão, “De Tempo Somos” celebra 10 anos em 2024, sempre a encantar milhares de pessoas por onde passa. A apresentação é gratuita e terá interpretação em Libras.

Crédito: Davidson Rocha Fotografia/Grupo Galpão

Na ocasião, o Grupo Galpão irá ministrar duas oficinas gratuitas na cidade. No dia 29 de novembro, das 18h às 22h, no Centro Cultural Professor Alberto Sampaio, a atriz e diretora teatral Lydia Del Picchia apresenta a oficina Palavra Presença, voltada para atores, estudantes e pesquisadores de teatro. Já no dia 30 de novembro, das 9h às 13h, no Centro Cultural Professor Alberto Sampaio, será realizada a oficina “Produção Cultural”, com a coordenadora de Produção do Grupo Galpão, Gilma Oliveira, e é destinada a produtores, gestores e artistas interessados no universo da produção de artes cênicas. A oficina tem o objetivo de transmitir informações e conhecimentos fundamentais acerca da produção e gestão de grupos e realização de montagens de espetáculos e turnês. As inscrições podem ser feitas pela sympla.com.br/grupogalpao. São 30 vagas para cada oficina.

A apresentação do Grupo Galpão em Santa Maria de Itabira é realizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio exclusivo do Instituto Cultural Vale.

O espetáculo De Tempo Somos – Um Sarau do Grupo Galpão
“De Tempo Somos” é um espetáculo que nos desafia enquanto atores e nos proporciona uma relação muito direta com o público: uma abordagem diferente dos textos e, principalmente, das músicas, que já fazem parte do imaginário das pessoas que acompanham o Galpão nesses 42 anos – não é por acaso que algumas das canções são dedicadas a elas. Como é bom estar em Santa Maria de Itabira com este espetáculo, ter a plateia cantando conosco, e perceber que a história do Grupo se renova e se fortalece”, destaca Lydia Del Picchia, uma das diretoras do espetáculo.

Com direção musical e arranjos de Luiz Rocha, os atores cantam e executam, ao vivo, 25 canções de trabalhos mais antigos como “Corra enquanto é tempo” (1988) e “Álbum de Família” (1990); passando também por “Romeu e Julieta” (1992), “Um Moliére Imaginário” (1997) e “Partido” (1999), chegando até a espetáculos mais recentes como “Tio Vânia” e “Eclipse” (ambos de 2011), além de músicas que surgiram em workshops internos e que chegam a público pela primeira vez.

Crédito: Guto Muniz

“A cantoria é a celebração do encontro, da festa, da disposição para seguir em frente (apesar de tudo que nos faz pender para o chão!), do espírito libertário e contestador inerente a toda reunião festiva”, explica Lydia Del Picchia.

Segundo Simone Ordones, atriz e também diretora do espetáculo, várias músicas que marcaram o repertório de espetáculos do grupo são revisitadas e recontextualizadas: “o foco desse sarau não é ser nostálgico, mas visar o futuro, o que está por vir; celebrar o que foi feito para apontar possíveis caminhos para o futuro”, explica.

“’De Tempo Somos’ é o espetáculo do Grupo Galpão em repertório que mais possibilita o nosso encontro como artistas onde o público está. A montagem é versátil e já coube em vários espaços diferentes: teatros, salas de eventos, saguão de cinema, coreto de praças, ruas, lonas de circo. Nesses encontros, coisas maravilhosas acontecem: olhos brilhando, lágrimas, gargalhadas… O público se vê refletido em nós; e nós, neles. Estamos em festa, viva o teatro! Viva o público brasileiro!”, completa Simone Ordones.

FICHA TÉCNICA – “De Tempo Somos – um sarau do Grupo Galpão”

ELENCO
Antonio Edson, Beto Franco, Eduardo Moreira, Fernanda Vianna, Lydia Del Picchia, Luiz Rocha (ator convidado), Júlio Maciel, Paulo André, Simone Ordones.

EQUIPE DE CRIAÇÃO
DIREÇÃO: Lydia Del Picchia e Simone Ordones
DIREÇÃO MUSICAL, ARRANJOS e TRILHA SONORA: Luiz Rocha
PESQUISA DE TEXTO: Eduardo Moreira
FIGURINO: Paulo André
PREPARAÇÃO VOCAL: Babaya
PREPARAÇÃO CORPORAL: Fernanda Vianna
ILUMINAÇÃO: Rodrigo Marçal
DESIGN SONORO: Vinícius Alves
AULAS DE PERCUSSÃO: Sérgio Silva
ASSESSORIA NA CENA “A CARTEIRA”: Diego Bagagal
ASSESSORIA DE ILUMINAÇÃO: Chico Pelúcio
REVISÃO DE TEXTOS: Arildo de Barros
VOZ EM OFF: Teuda Bara
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Beatriz Radicchi
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Gilma Oliveira
Arranjos baseados em arranjos originais de Babaya, Ernani Maletta e Fernando Muzzi, do repertório musical do Grupo Galpão.
Fragmentos de textos: Eduardo Galeano, Charles Baudelaire, Olga Knipper, Jack Kerouak, Nelson Rodrigues, Anton Tchékhov, José Saramago, Paulo Leminski e Calderón de La Barca.

MÚSICAS DO ESPETÁCULO
Lua (A Rua da Amargura – 1994)
Autor: Mabel Velloso e Roberto Mendes
A Viagem (Partido – 1999)
Canção oriental
Sobre arranjo original de Ernani Maletta
Serra da Boa Esperança (Pequenos Milagres – 2007)
Autor: Lamartine Babo
Por Más que Mires el Rio (Um Homem é um Homem – 2005)
Autor: Simone Ordones
Vem te encontrar (Partido – 1999)
Canção oriental
Arranjo original de Ernani Maletta
Canção dos atores (Um Molière Imaginário – 1997)
Autor: Fernando Muzzi e Cacá Brandão
Sobre arranjo original de Fernando Muzzi e Ernani Maletta
Taina (Eclipse – 2011)
Canção tradicional russa
Sobre arranjo original de Ernani Maletta
La Gran Tirana (Um Molière Imaginário – 1997)
Autor: C. Curet Alonso
Alabama Song (Um Homem é um Homem – 2005)
Autor: Kurt Weil
Boneca Cobiçada (Corra enquanto é tempo – 1988)
Autor: Biá e Bolinha
Rock dos médicos (Um Molière Imaginário – 1997)
Autor: Fernando Muzzi
Arranjo original de Fernando Muzzi e Ernani Maletta
O Sole Mio (A comédia da esposa muda – 1986)
Canção tradicional italiana
Não se iluda (O inspetor geral – 2003)
Canção tradicional russa
Sobre arranjo original de Ernani Maletta
Despedida da Ama (Partido – 1999)
Canção oriental
Sobre arranjo original de Ernani Maletta
Tema de Pamela (Partido – 1999)
Canção oriental
Sobre arranjo original de Ernani Maletta
Maninha (Romeu e Julieta – 1992)
Folclore
A última estrofe (Romeu e Julieta – 1992)
Autor: Cândido das Neves
Sobre arranjo original de Fernando Muzzi e Babaya
Lua Branca (Romeu e Julieta -1992)
Autor: Chiquinha Gonzaga
Nas ondas do Danúbio (Romeu e Julieta -1992)
Autor: Ivan Ivanovitch
Cinzas no Coração (Album de Família – 1990 / Romeu e Julieta – 1992)
Autor: André Filho
Sobre arranjo original de Fernando Muzzi e Babaya
Flor, minha flor (Romeu e Julieta – 1992)
Folclore
Sobre arranjo original de Fernando Muzzi e Babaya
É a ti flor do céu (Romeu e Julieta – 1992)
Autor: Teotônio Pereira e Modesto A. Ferreira
Sobre arranjo original de Fernando Muzzi e Babaya
Amo-te muito (Romeu e Julieta – 1992)
Autor: João Chaves
Sobre arranjo original de Fernando Muzzi e Babaya
Panis et Circenses (Workshop com diretor Paulo José – 2002)
Autor: Caetano Veloso e Gilberto Gil
Sobre arranjo original de Ernani Maletta
Yo vengo a ofrecer mi corazón (Tio Vânia – aos que vierem depois de nós – 2011)
Autor: Fito Páez

GRUPO GALPÃO
O Grupo Galpão, de Belo Horizonte (MG), é uma das companhias teatrais mais conhecidas do Brasil, tanto por seus 42 anos de atividade contínua quanto por sua pesquisa de linguagem.
Criado por cinco atores, em 1982, a partir do eospetáculo “A alma boa de Setsuan”, montagem conduzida por diretores do “Teatro Livre de Munique”, da Alemanha, o Galpão se valeu dessa rica experiência para se lançar numa proposta de construção de um teatro de grupo, com raízes ligadas à tradição do teatro popular e de rua.

Fazem parte do Galpão Antonio Edson, Arildo de Barros, Beto Franco, Chico Pelúcio, Eduardo Moreira, Fernanda Vianna, Inês Peixoto, Júlio Maciel, Lydia Del Picchia, Paulo André, Simone Ordones e Teuda Bara.

Ao montar espetáculos com diferentes diretores convidados – como Gabriel Villela, Cacá Carvalho, Paulo José, Yara de Novaes e Marcio Abreu, além dos próprios integrantes, que também dirigem espetáculos do Grupo –, o Galpão desenvolve um teatro que alia rigor e investigação de linguagens, com um repertório com grande poder de comunicação com o público.
Seus trabalhos dialogam com o popular e o erudito, a tradição e a contemporaneidade, o teatro de rua e o palco, o universal e o regional brasileiro.

INSTITUTO CULTURAL VALE
O Instituto Cultural Vale acredita que a cultura transforma vidas. Pelo quarto ano consecutivo é o maior apoiador da Cultura no Brasil, patrocinando e fomentando projetos em parcerias que promovem conexões entre pessoas, iniciativas e territórios. Seu compromisso é contribuir com uma cultura cada vez mais acessível e plural, ao mesmo tempo em que atua para o fortalecimento da economia criativa.

Desde a sua criação, em 2020, o Instituto Cultural Vale já esteve ao lado de mais de 800 projetos em 24 estados e no Distrito Federal, contemplando as cinco regiões do país em com investimento de mais de R$ 1 bilhão em recursos próprios da Vale e via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA).

Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org

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