Memorial Vale – segunda quinzena com dança, música e artesanato

Dóris - crédito: Ayrá Mendes

MEMORIAL VALE OFERECE ATRAÇÕES DE DANÇA, MÚSICA, FOTOGRAFIA, FEIRA DE PRODUTOS  ORIGINAIS e CRIATIVOS e OFICINAS NESTA SEGUNDA QUINZENA DE JULHO

Dóris – crédito: Ayrá Mendes

Um dos mais longevos festivais de dança contemporânea do Brasil, o “Dança em Trânsito”, será uma das atrações do Memorial Vale na segunda quinzena de julho, com apresentações de artistas e grupos internacionais e brasileiros. Dia 14 de julho, quinta-feira, acontecem as coreografias Grand pas, com a Focus Cia de Dança (Rio de Janeiro-RJ), às 18h; e O Vestido, com Rosa Antuña (Belo Horizonte-MG), às 18h30.  No dia 15 de julho, sexta-feira às 16h, apresenta-se Harleking, com Ginevra Panzetti e Enrico Ticconi (Itália). No sábado, às 16h ocorre a apresentação Emprise, com Cie Felinae – Maxime Cozic (Paris-França) e às 16h30, encerra-se com a coreografia Baquiana n°1, com Ivan Bernadelli (São Paulo-SP).

Numa edição especial de férias – com produtos artesanais originais e criativos de empreendedores locais – a Feira do Memorial estará de volta no fim de semana dos dias 16 e 17 de julho, durante o horário de funcionamento do espaço. No dia 24, domingo, às 11h, o show “Dóris Canta Samba” vai levar o público do Memorial para percorrer o itinerário musical do autêntico ritmo brasileiro. O projeto “Foto em Pauta” também retorna ao Memorial recebendo a premiada fotógrafa carioca Nana Moraes, que apresentará seu percurso na fotografia editorial e o livro “Ausência”, na quinta-feira, 28, às 19h.

Nana Moraes/autorretrato

E estão abertas as inscrições para as oficinas do “Férias Divertidas” do Memorial Vale, que oferece uma programação especial para crianças e jovens de 14 a 31 de julho. Estão no escopo desta edição: Oficina Harmonizando Cores (14 e 15/07); Oficina de Tecelagem Manual (19 e 20/07); Oficina Mini-Livro Ilustrado – Carlos Drummond de Andrade (21/07); Oficina Ritmologia em Curso (22 e 23/7);  Oficina de Construção de Brinquedos Têxteis (24 e 31/7); Oficina Teatro Para Sentir (26 e e 27/7); Oficina Introdução à Saboaria Natural e Vegana (28 E 29/7); e Oficina Vestindo BH (30/7).  As atividades são gratuitas, as vagas limitadas e as inscrições devem ser feitas com antecedência pelo telefone (31) 3343-7317.

O Memorial Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, fica na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, e tem entrada gratuita.

Harleking – Dieter Hartwigo

Confira os detalhes da programação da segunda quinzena de julho no Memorial Vale:

Dia 14 de julho, quinta-feira às 18h. Dança em Trânsito 2022 – Coreografia: Grand pas, com Focus cia de dança (Rio de Janeiro-RJ) 

O primeiro espetáculo do  Dança em Trânsito 2022 a aportar no Memorial Vale é do grupo carioca Focus Cia de Dança. “Grand pas” é inspirado no universo literário de Clarice Lispector e será apresentado na quinta-feira, 14 de julho, às 18h. As frases e palavras de Clarice Lispector, temas e provocações, questionamentos sem resposta e o famoso mistério em sua obra, são ferramentas que geram movimento e ambiência do trabalho. Esse duo é um recorte de VINTE, o mais novo espetáculo da Focus Cia de Dança. Clarice Lispector é quase impossível ser traduzida em palavras, quem sabe seja possível traduzi-la em movimento?

Dia 14 de julho, quinta-feira às 18h. Dança em Trânsito 2022 – Coreografia: O Vestido, com Rosa Antuña (Belo Horizonte-MG) 

A belo-horizontina Rosa Antunã também está na programação do Dança em Trânsito 2022. Na quinta-feira, 14 de julho, às 18h30, ela apresenta no Memorial Vale seu espetáculo “O Vestido”. Neste trabalho o vestido é objeto da busca de uma “mulher selvagem” que tenta encontrá-lo e ocupá-lo, dando início a um profundo processo de descoberta, consciência, transformação e libertação. O vestido é a metáfora dos sonhos almejados. É o desejo tantalizado, o inalcançável, o inatingível. É a força imanente que leva alguém a vencer os próprios medos e se libertar.

Dia 15 de julho, sexta-feira às 16h30 / Dia 16 de julho, sábado às 16h. Dança em Trânsito 2022 – Coreografia: Harleking, com Ginevra Panzetti e Enrico Ticconi (Itália) 

Harleking é um demônio com múltiplas identidades. A expressão corporal dele assemelha-se à do Arlequim da Commedia dell’Arte, um servo manhoso movido por uma fome insaciável. O modo de comunicação do Harleking tem uma qualidade hipnótica específica cujo conteúdo, frequentemente extremo e contraditório, se funde para criar um sistema fluido, metamórfico, onde tudo pode acontecer, mas tudo é confuso. Faz lembrar os Grotescos, antigas decorações de parede, nas quais figuras monstruosas emergem e se misturam com elegantes volutas ornamentais. Figuras, que, embora possam evocar diversão, não suscitam qualquer alegria.

Dia 16 de julho, sábado às 16h. Dança em Trânsito 2022 – Coreografia: Emprise, com Cie Felinae – Maxime Cozic (Paris-França)

Jovem dançarino notável que se move entre os códigos da dança hip-hop e a densidade da dança contemporânea, Maxime Cozic criou um solo sobre o sentimento de ser alguém complexado, ou sobre como criar uma matéria coreográfica a partir de um estado que, a priori, impediria a realização de uma dança.

Dia 16 de julho, sábado às 16h. Dança em Trânsito 2022 – Coreografia: Baquiana n°1, com Ivan Bernadelli (São Paulo-SP)

O bailarino Ivan Bernardelli e o Hamsá trio, coletivo de arte mídia e experimentações audiovisuais, interpretam os três movimentos da Bachiana nº1, de Heitor Vila Lobos, no sábado, 16 de julho, às 16h30, no Memorial Vale. No primeiro movimento (que Villa-Lobos dá o nome de Introdução: Embolada), o bailarino tenta captar todas as notas e acordes dos oito violoncelos nos movimentos de seu corpo, tal qual numa embolada – poesia musicada que encontra grande virtuose nas composições em versos, refrões e trava-línguas dos emboladores. As Bachianas Brasileiras são uma série de nove composições com as quais Heitor Villa Lobos faz referência e homenageia o músico Johann Sebastian Bach, por isso o nome Bachianas. Aqui, o titulo do trabalho Baquiana n°1 faz uma brincadeira fonética com a palavra, assumindo na forma escrita o modo como a palavra é pronunciada.

Dias 16 e 17 de julho, sábado e domingo. Feira do Memorial – Edição Férias 

No final de semana dos dias 16 e 17, acontecerá mais uma edição da Feira do Memorial, dessa vez especialmente para as férias, com produtos artesanais originais e criativos de empreendedores locais de Belo Horizonte e cidades do interior de Minas.

Dia 24 de julho, domingo às 11h. Dóris Canta Samba

Para comemorar o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e caribenha a cantora Dóris apresenta o show “Dóris Canta Samba” no domingo, dia 24 de julho, às 11h, no Memorial Vale. Neste show, Doris percorre o itinerário musical do autêntico ritmo brasileiro, acompanhada pelo violonista Marco Gomes e o percussionista Carlitos Brasil.

O Show “Dóris Canta Samba” percorre o itinerário musical do autêntico ritmo brasileiro, retratando no seu contexto musical momentos importantes da história do samba. O repertório busca dar originalidade criativa às canções que Dóris interpreta, com o violonista Marco Gomes e o percussionista Carlitos Brasil, apresentando Sambas dos compositores mineiros registrado em seu CD “Dóris Canta Samba”, como “Canto de Fé”, “Sou feliz”e também do seu EP “Dóris Vivências” lançado recentemente nas mídias digitais e também presencial. O EP “Dóris Vivências” justifica-se, portanto, pela necessidade de oferecer alternativas culturais que valorizem a história social do samba a partir da nossa memória histórica e musical, busquem despertar e desenvolver a integração social, o bem-estar e a construção de uma cultura de paz.

O show apresenta também sambas dos mais consagrados compositores brasileiros como Cartola, Dona Ivone Lara, Zé Ketti, Ari Barroso, Elizeth Cardoso com o objetivo de preservar e divulgar a memória histórica, social e cultural do Samba. Em suma, Dóris valoriza a sonoridade rítmica e a poética do samba e nos convida para apreciar os momentos importantes em que a música, o samba, se inscreve no tempo e na história.  O show contribui no enriquecimento artístico e cultural do público porque o samba é uma expressão musical que arrasta multidões e com sua sedução atua na formação de base da cultura brasileira. Esse ritmo pé no chão, que saiu dos terreiros e dos fundos de quintais, entrou pela porta da cozinha, desceu as ladeiras de barro das favelas, subiu as escadarias de mármore dos teatros municipais das grandes cidades, é o retrato musical do Brasil e a nossa mais forte marca de identidade cultural diante dos povos do mundo. O samba, com sua linguagem popular, pretende contribuir com a valorização das matrizes culturais africanas como patrimônio cultural e simbólico de todo povo brasileiro e na afirmação da identidade nacional.

Dóris, mineira de Belo Horizonte, é autora do Programa Cantando e Contando a História do Samba que tem o objetivo de preservar, divulgar a memória social, cultural e musical do Samba – estilo musical que simboliza a presença e continuidade sociocultural da matriz africana no Brasil. O projeto foi premiado em São Paulo como iniciativa de promoção de inclusão racial – Prêmio Educar para a Igualdade Racial. Em 2007, lançou seu primeiro disco, que recebeu o nome do projeto. Já dividiu palco com o cantor a compositor Luiz Melodia e também com Fabiana Coza.

Dia 28 de julho, quinta-feira às 19h. Foto em Pauta, com Nana Moraes

O “Foto em Pauta” recebe no dia 28 de julho, quinta-feira, às 19, a premiada fotógrafa carioca Nana Moraes, que apresentará, através de projeção, seu percurso na fotografia editoral. Nana Moraes também vai apresentar o livro “Ausência” (Nau Editora, 2022), trabalho sobre a relação entre mães presidiárias e seus filhos, realizado em presídio em Bangu (RJ).

Depois de Andorinhas, primeiro livro da trilogia “DesAmadas”, onde busca desvelar vidas de mulheres estigmatizadas que vivem sob o manto do preconceito, Nana Moraes lança com “Ausência”, o segundo livro da trilogia. A obra Ausência conta histórias de vidas de mães encarceradas no sistema prisional brasileiro. Ao mergulhar nesse universo, logo se percebe que as mulheres presas praticamente não recebem visitas, e abandonadas, ficam anos sem notícias de seus filhos.

“Então, criei um projeto que chamei de Projeto Travessia, realizado no presídio feminino Nelson Hungria, no Complexo de Gericinó, e cujo todo material produzido é a base do livro Ausência. O Projeto teve como objetivo criar uma via de comunicação e expressão entre as mães encarceradas e seus filhos por meio de uma Correspondência Fotográfica”.

Nana Moraes, fotógrafa, nasceu em 1963 no Rio de Janeiro. Jornalista pela PUC/SP. é diretora do

Retrato Espaço Cultural, no Rio de Janeiro. Colabora há mais de 30 anos para os mercados editorial, cultural e publicitário. Foi seis vezes vencedora do Prêmio Abril de Jornalismo. E premiada pela Associação Brasileira de Propaganda como “Destaque Profissional/Fotografia”, em 2007 e 2011. Publicou o livro Andorinhas, Nau Editora, RJ, 2011, e expôs “Andorinhas” em 2011 no Espaço Tom Jobim no RJ e, em 2012, no II Festival de Fotografia de Tiradentes MG. Em, 2017 apresenta pela primeira vez o ensaio Ausência no Centro Cultural Correios, na programação do FotoRio. Em 2021, expôs Ausência no Centro Cultural Justiça Federal, também no FotoRio. Em 2022,

lançou o livro Ausência pela Nau Editora.

Observação: todos os eventos realizados no auditório têm retirada de ingressos uma hora antes das apresentações, limitada a um par por pessoa. Lugares limitados.

Até 18/08 – Exposição “Por Onde Andei”, de Adenor Gondim – continuação

O Café do Memorial exibe a exposição “Por Onde Andei” do fotógrafo baiano Adenor Gondim até o dia 18 de agosto. A exposição, que integra o projeto Mostra de Fotografia, reúne imagens dos mais de 40 anos dedicados à fotografia documental, com ênfase nos registros de manifestações religiosas populares no nordeste brasileiro. A curadoria é de Eugênio Sávio.

Com um reconhecido trabalho já apresentado em diversos museus do Brasil e do exterior, Adenor Gondim nasceu em Ruy Barbosa, no sertão da Bahia, em 1950. Graduado em Biologia pela UFBA, adotou a fotografia como meio de sobrevivência e de expressão. A religiosidade popular se impôs como tema à medida que se afirmavam o fascínio e o respeito pelas manifestações da fé. Nos últimos 40 anos, Adenor construiu um representativo acervo de imagens sobre o catolicismo popular, a religiosidade afro-brasileira e o sincretismo.

Serviço: Memorial Minas Gerais Vale 

Endereço: Praça da Liberdade, nº 640, esquina com Rua Gonçalves Dias, Savassi

Funcionamento – Terça, quarta, sexta e sábado: das 10h às 17h30, com permanência até as 18h.

Quinta, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h.

Domingo, das 10h às 15h30, com permanência até as 16h.

Entrada Gratuita

Memorial Minas Gerais Vale

O Memorial Minas Gerais Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, já recebeu mais de 1,1 milhão de pessoas, de todos os lugares do Brasil e de outros continentes. São mais de 1.600 eventos realizados e cerca de 200 mil pessoas em visitas mediadas. Integra o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, um dos maiores complexos de cultura do Brasil. Caracterizado como um museu de experiência, com exposições que utilizam arte e tecnologia de forma intensa e criativa, é um dos vencedores do Travellers’ Choice Awards do TripAdvisor. Na curadoria e museografia de Gringo Cardia, cenários reais e virtuais se misturam para criar experiências e sensações que levam os visitantes do século XVIII ao século XXI. Mais que um espaço dedicado às tradições, origens e construções da cultura mineira, o Memorial é um lugar de trânsito e cruzamento entre a potência da história e as pulsações contemporâneas da arte e da cultura, onde o presente e o passado estão em contato direto, em permanente renovação. É vivo, dinâmico, transformador e criador de confluências com artistas independentes e com diversos segmentos da cultura mineira.