Memorial Vale tem oficina de fotografia e Quarteto de Cordas da Filarmônica

Foto: Vinicius Correia

Memorial Vale recebe oficina de fotografia de Miguel Chikaoka, apresentação do Quarteto de Cordas da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e a performance Muros, do Grupo Morro Encena 

O Memorial Vale recebe esta semana, nos dias 17 e 18 (quinta e sexta-feira), a oficina de fotografia “Olhos de ver, mas com que olhos?”, de Miguel Chikaoka, que é referência no desenvolvimento da cultura fotográfica na região do Pará. Miguel Chikaoka mora em Belém, sempre atuou no campo da fotografia e é ativista em torno do pensar sobre o fazer fotográfico. Também no dia 17 acontecem duas apresentações do Quarteto de Cordas da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. No sábado, dia 19, haverá mais uma edição do Diversidade Periférica, que trará a performance Muros, do grupo Morro Encena. Todas as atrações são gratuitas.

Foto: Vinicius Correia

Esta é a última semana para o público apreciar a exposição “Simbiogêneses”, da fotógrafa gaúcha Tuane Eggers, que está no espaço do Café do Memorial Vale. Outra exposição que está em cartaz e fica até 3 de setembro é o trabalho de pesquisa de Fatine Oliveira: “Corpos Sem Filtro – narrativas visuais de mulheres com deficiência”.

O Memorial Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, fica na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, e tem entrada gratuita.

Confira a programação:

Dia 17 (quinta-feira) e dia 18 (sexta-feira), às 14 horas, gratuito

Oficina “Olhos de ver, mas com que olhos?”, com Miguel Chikaoka, no Memorial Vale

O Memorial Vale recebe nos dias 17 e 18 (quinta e sexta-feira), às 14 horas, a oficina de fotografia “Olhos de ver, mas com que olhos?”, de Miguel Chikaoka, fotógrafo que mora em Belém, no Pará e é ativista em torno do pensar sobre o fazer fotográfico. A oficina é inspirada no projeto “Um país chamado Pará”, que tem patrocínio do Instituto Cultural Vale. A oficina é gratuita e as inscrições devem ser realizadas pelo site: www.namazonia.org.

A oficina tem duração de 4h, sendo concluída no mesmo dia. Apresentada em formato compacto, a oficina de fotografia busca estimular o exercício do pensamento sobre o fazer fotográfico a partir de um ambiente coletivo plural irrigado por atividades pautadas em saber fazer e rodas de conversa. Um convite para conectar fluxos que se produzem no tempo espaço dos sentidos e do sensível.

Miguel Chikaoka mora em Belém desde o início dos anos 1980. É graduado em Engenharia Elétrica pela Unicamp, mas sempre atuou no campo da fotografia. Criou a Associação Fotoativa, referência no desenvolvimento da cultura fotográfica na região. Seu processo criativo é permeado por questões que atravessam o espaço tempo da luz, para além das fronteiras da fotografia. Dedica-se, atualmente à pesquisa e à experimentação de práticas educativas inspiradas em abordagens do que constitui a gênese das imagens.

Foto: Miguel chikaoka

Dia 17 (quinta-feira), às 19 horas e às 20h30, gratuito

Quarteto de Cordas da Filarmônica de Minas Gerais, no Memorial Vale

O Memorial Vale recebe na quinta-feira dia 17 de agosto, em duas sessões, às 19 horas e às 20h30, o Quarteto de Cordas da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, formado por Rommel Fernandes e Hyu-Kyung Jung nos violinos, Mikhail Bugaev na viola, e Philip Hansen no violoncelo. Eles vão tocar três peças para Quarteto de Stravinsky, Quarteto de Cordas nº 1 de Bartók, e o Quarteto de Cordas nº 1 em fá sustenido menor de Lorenzo Fernandez. As apresentações fazem parte da série Concertos de Câmara no Memorial e são gratuitas. A retirada de ingressos é feita uma hora antes do evento e serão distribuídos no máximo um par de ingressos por pessoa, pois os lugares são limitados. A Filarmônica de Minas Gerais tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale.

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação. Conduzido pelo seu diretor artístico e regente titular, Fabio Mechetti, o grupo recebeu numerosos prêmios e menções, entre eles, o Grande Prêmio da Revista Concerto em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano. O CD Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, lançado em 2020 pelo selo internacional Naxos em parceria com o Itamaraty foi indicado ao Grammy Latino 2020.

Foto: Ariane Lazário

Dia 19 (sábado), às 16 horas, gratuito

Performance “Muros, com o grupo Morro Encena, no Diversidade Periférica

O Memorial Vale recebe no dia 19 de agosto, sábado, às 16 horas, a performance “Muros”, com o grupo Morro Encena, dentro do projeto Diversidade Periférica, que tem curadoria de PV Seu Vizinho e Negona Dance. Muros é uma performance criada pelo grupo de teatro Morro Encena para elucidar a potência da força da união das mulheres contra a violência doméstica. Através da cena que evidencia o medo da mulher de ser violentada, mas em que com o apoio e a força da união feminina esse medo é superado. O evento integra o projeto Diversidade Periférica, com a curadoria de Paulo Victor. É preciso retirar o par de ingressos uma hora antes do evento, pois os lugares são limitados. A entrada é gratuita.

Formado desde 2001, o grupo de teatro Morro Encena, criado no Aglomerado da Serra, aposta no teatro como um veículo potencializador em prol da democratização da cultura. O grupo explora em suas peças de teatro temas ligados aos Direitos Humanos, território e gênero, buscando a desconstrução dos estereótipos. Com apresentações teatrais de cunho popular, o grupo provoca risos e reflexões, valendo-se de uma linguagem acessível a todos os públicos.

O projeto Diversidade Periférica traz mensalmente para o Memorial Vale uma programação artística-cultural com conteúdos que mergulham na trajetória ancestral dos becos e vielas do espaço de saber chamado Favela, e também das comunidades de periferia de Belo Horizonte e vizinhanças. Os curadores são PV Seu Vizinho e Negona Dance. Paulo Vitor Ribeiro, o PV Seu Vizinho, homem negro, nascido e criado na Vila Marçola, no Aglomerado da Serra, cursou de Engenharia de Produção pela UFMG (incompleto), com formações complementares em gestão cultural e empreendedorismo social. É atuante nos debates sobre as construções de políticas públicas culturais junto à administração pública. É fundador da Associação Sociocultural Seu Vizinho, iniciativa independente e sem fins lucrativos que atua com arte e cultura como formação e que trabalha em rede com coletivos e organizações do Aglomerado da Serra. Welleton Carlos, Negona Dance, é morador do Aglomerado da Serra; tem 25 anos e além de ser dançarino intérprete e coreógrafo é também produtor cultural. Negona Dance hoje é diretor e coreógrafo do Grupo Identidade Oficial, é dançarino e coordenador do Favelinha Dance e estuda Dança na UFMG. Ele também é pesquisador e dançarino de funk, faz parte do Observatório das Quebradas, um coletivo político cultural de defesa da cultura afro-periférica urbana, é um dos produtores do Baile Funk da Serra e faz parte da equipe do Lá da Favelinha e ACM Cafezal.

Exposições em andamento

Até 20 de agosto – Exposição Simbiogêneses, de Tuane Eggers

A fotógrafa Tuane Eggers abriu a exposição Simbiogêneses no espaço do Café do Memorial Vale. Tuane se dedica a retratar, por meio da fotografia, os fluxos e a impermanência da vida. Sua pesquisa atual busca pensar relações de simbioses, coexistências e cocriações com um olhar direcionado para outras espécies e diferentes paisagens da vida que acontece em rede. A exposição, que segue até o dia 20 de agosto, integra o projeto Mostra de Fotografia do Memorial Vale e tem curadoria de Eugênio Sávio. A entrada é gratuita.

Tuane Eggers é doutoranda em Poéticas Visuais pela UFRGS, mestre em Poéticas Visuais pela mesma instituição (2021) e jornalista pela Univates (2015). Seu trabalho em artes visuais é focado na fotografia, com temáticas relacionadas aos fluxos e à impermanência da vida. Em sua pesquisa atual no campo visual, investiga relações de cocriação com fungos. Algumas de suas imagens fotográficas foram exibidas em dois longas-metragens nacionais. Possui cinco publicações independentes em fotolivros. Seu trabalho já foi exposto em países como Japão, Alemanha e Rússia. Além da fotografia, também atua no campo audiovisual. Para saber mais sobre ela, visite as páginas www.tuaneeggers.com e @tuaneeggers.

Até 3 de setembro – Exposição Corpos Sem Filtro: narrativas visuais de mulheres com deficiência, de Fatine Oliveira

O Memorial Vale recebe até o dia 3 de setembro a “Exposição Corpos Sem Filtro: narrativas visuais de mulheres com deficiência”, de Fatine Oliveira. A exposição foi construída com base na pesquisa de mestrado desenvolvida e defendida por Fatine Oliveira na UFMG em julho de 2021. O trabalho articulado pela pesquisadora foi estimulado pela invisibilidade experimentada por mulheres com deficiências físicas e/ou raras que usam a plataforma Instagram para abordar o cotidiano que as envolve por meio de registros fotográficos dos corpos. A entrada é gratuita.

Longe de reforçar discursos capacitistas ou focar em narrativas de superação, a exposição convida os visitantes a observar como os afetos perpassam os percursos de mulheres com deficiência que optam por se apresentar nas plataformas digitais.

A exposição integra o projeto Novos Pesquisadores, do Educativo do Memorial Vale e tem entrada gratuita.

Serviço: Memorial Minas Gerais Vale

Endereço: Praça da Liberdade, nº 640, esquina com Rua Gonçalves Dias, Savassi

Horário de funcionamento: Terça, quarta, sexta e sábado: das 10h às 17h30, com permanência até as 18h. Quinta, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h. Domingo, das 10h às 15h30, com permanência até as 16h. Entrada Gratuita

Memorial Minas Gerais Vale

O Memorial Minas Gerais Vale, um dos espaços culturais do Instituto Cultural Vale, já recebeu mais de 1,1 milhão de pessoas, de todos os lugares do Brasil e de outros continentes. São mais de 1.600 eventos realizados e cerca de 200 mil pessoas em visitas mediadas. Integra o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, um dos maiores complexos de cultura do Brasil. Caracterizado como um museu de experiência, com exposições que utilizam arte e tecnologia de forma intensa e criativa, é um dos vencedores do Travellers’ Choice Awards do TripAdvisor. Na curadoria e museografia de Gringo Cardia, cenários reais e virtuais se misturam para criar experiências e sensações que levam os visitantes do século XVIII ao século XXI. Mais que um espaço dedicado às tradições, origens e construções da cultura mineira, o Memorial é um lugar de trânsito e cruzamento entre a potência da história e as pulsações contemporâneas da arte e da cultura, onde o presente e o passado estão em contato direto, em permanente renovação. É vivo, dinâmico, transformador e criador de confluências com artistas independentes e com diversos segmentos da cultura mineira.