De acordo com informações repassadas, seriam cerca de 100 imóveis nos bairros Bela Vista e Nova Vista aguardam vistoria da Defesa Civil; informou em entrevista o coordenador da ATI/FIP, Lucas Magestes.
Após um levantamento feito pela ATI (Assessoria Técnica Independente) da FIP (Fundação Israel Pinheiro) que é ligada ao MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), foi apontado que nos bairros Bela Vista e Nova Vista ainda existem cerca de 100 imóveis aguardando vistoria da Defesa Civil, devido a possíveis danos causados pelas obras da mineradora na preparação para descaracterizar as barragens do complexo Pontal da Vale.
O assunto acabou surgindo na noite desta quarta-feira, 27/11. Os moradores estavam participando de uma Roda de Conversa, promovido pela ATI/FIP, que contou com a presença de Nilma Macieira, Coordenadora da Defesa Civil de Itabira, onde eram tratados assuntos sobre a atuação deste órgão municipal junto a um atendimento melhor a comunidade na atuação do território, simulados de emergência e o PAEBEM. O evento aconteceu na sede da ATI/FIP, localizada na rua Joaquim Valadares, 640, bairro Bela Vista.
Este tipo de reunião sempre ocorre com intuito de esclarecer para a comunidade o que vem acontecendo na cidade e principalmente nos locais atingidos pelas obras. Como por exemplo em casos de algumas famílias que já foram indenizadas e as casas já foram derrubadas, outras famílias foram levadas para hotel da cidade (e até esta presente data, permanecem lá hospedados) e a demanda ainda segue na justiça. Existem outras famílias que permaneceram em suas respectivas residências (onde deveria ser um local de tranquilidade, sossego e descanso) e se sentem prejudicados de alguma forma por estas obras que estão logo ali, do ladinho de suas residências.
Desta forma o assunto acabou surgindo, e na entrevista, Lucas Magestes explicou, “temos a expectativa que esse número cresça, isso porque estamos no momento em uma fase preparatória para a construção da ECJ (Estrutura de Contenção a Jusante), não sabemos exatamente qual será o real impacto quando as obras forem de fato iniciadas”, disse.
Presença – Nossa reportagem fez o uso do microfone durante a Roda de Conversa – pois o jornalista além de seu trabalho, também é morador de um dos bairros afetados.
Foi questionado e cobrado o porque de não haver a presença de ao menos dois representantes da assessoria de comunicação da mineradora Vale, mesmos como ouvintes, caso não queiram ou não possam responder a algum tipo de questionamento feito pela comunidade, pois afinal, teriam acesso imediato as demandas dos bairros. A reportagem obteve a resposta da ATI/FIP que sempre é enviado oficio para assessoria, e que nunca envia os respectivos representantes.
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Em tempo: Nossa reportagem apurou que na próxima quarta-feira, 4 de dezembro de 2024, uma grande equipe do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) estará na cidade de Itabira para realizar diversas visitas e fiscalizações nas áreas afetadas, bem como ‘Roda de Conversa’ com a comunidade para verificar as demandas que são solicitadas junto a mineradora e nem sempre são atendidas, ou obtém um retorno. (Aguarde mais informações sobre o MPMG em Itabira)
Obs: Matéria atualizada em 29/11, as 08h49
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